A nossa cama compartilhada

Este é um assunto que normalmente divide muitas opiniões. Há quem ame e há quem odeie. No meu caso não foi exactamente uma escolha. 

Com Yara teve mesmo de ser. Mudámo-nos para Inglaterra ela tinha dois meses, no início morava-mos num quarto, na casa de um familiar e como o quarto era pequeno não dava para pôr uma cama, então ela acabava por ter de dormir conosco. Quando fomos para a nossa casa já estava-mos tão habituados que “deixamos andar”. Hoje ela já não dorme conosco mas foram quase quatro anos no nosso meio.

No caso do Santiago a coisa muda de figura. Nestes quase 15 meses nunca dormiu uma noite inteira, nunca. Durante os primeiros sete meses consegui que ele dormisse sempre no berço dele. Ele acordava imensas vezes durante a noite, mas mesmo assim eu acordava, dava-lhe a maminha e punha-o no berço e ele ficava. A partir daí foi sempre a descambar. Começou a chorar cada vez que o voltava a pôr lá. Comecei a ficar tão cansada todos os dias que para meu conforto acabei por ceder e hoje ele dorme conosco. A diferença além de a cama ser mais pequena é que ele é um bebé bem maior do que a Yara. Mas para nós assim funciona melhor. Apesar de ele continuar a acordar imensas vezes durante a noite assim desperto menos vezes o que me ajuda a dormir um bocadinho mais. 

Se calhar seria melhor se cada um dormisse na sua cama, mas eu iria andar muito cansada durante o dia e confesso que adoro acordar e tê-lo ali comigo. Afinal daqui a uns anos ele não vai querer dormir comigo nem que eu lhe pessa por isso tenho de aproveitar enquanto ele ainda é “só meu”.






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